sábado, 29 de janeiro de 2011

Bailarinas Importantes

Grandes nomes da Dança do Ventre :


Raqia Hassan - é egípcia, professora e coreógrafa de Dança do Ventre conhecida no mundo todo. Muitas grandes bailarinas famosas do mundo inteiro já foram suas alunas como Aza Sharif, Mona el Said, Nani, Nelly Fouad, Dina, Amani, Soraya Zaied, Dandash, Randa Kamal.
Ainda hoje bailarinas de diversos cantos do mundo dirigem-se ao seu pequeno estúdio para fazer aulas de Dança do Ventre.
Ela ministra workshops em vários países, já tendo estado no Brasil algumas vezes, trazida pelo empresário Omar Naboulsi e pela rede de escolas Luxor.
Promove há anos o Ahlan Wa Sahlan Festival no Cairo, Egito, o maior festival de Dança do Ventre do mundo.
Após anos de sucesso deste festival, que ocorre no verão no Egito (em junho), Raqia passou a organizar o evento de inverno, que ocorre sempre no mês de dezembro também no Cairo.
Possui diversos DVDs didáticos, além de DVDs e CDs produzidos a partir do evento que organiza no Cairo.
Alguns de seus vídeos/ DVDs didáticos no Brasil são: Raqia Hassan Technique Vol VI , VII e VIII
Raqia Hassan foi durante muito tempo um dos principais membros da famosa Reda Troupe, grupo de dança folclórica de Mahmoud Reda. Mass conta que sua preferência não é pelo folclore árabe, então de muito tempo para cá dedica-se mais à dança oriental, sendo considerada a melhor coreógrafa no Egito atualmente e umas das principais responsáveis pela preservação da essênia da dança oriental clássica.
Sua fama de professora não veio como consequência de sua carreira solo como ocorre com a maioria das bailarinas. E ela explica como isso ocorreu: “My name comes from my work. Normally the teacher has to be a dancer. People go to her class because they’ve seen her dance. Me, I started to teach, and the people knew me from my teaching, and from my students. I started to teach people who were or became famous, this is my good luck, tabaan.”
Suas coreografias expressam muito sentimento ao dançar. Para ela, ouvir constantemente a música árabe ajuda, pois a dança vai de mãos dadas com a música.
A frase a seguir diz muito sobre esta grande conhecedora da dança oriental: "Quando eu vou assistir uma bailarina, ela deve me deixar relaxada. A dança não é sobre o quanto você utiliza de força, mas sobre o quanto você sente".



Mona El Said -  Seu nome de nascimento é Monah Ibrahim Wafa.
Mona Said nasceu no Egito, nordeste da África.
Começou a dançar aos 13 anos de idade, e no ano de 1970 se mudou para o Líbano.
Voltou ao Cairo em 1975, época na qual já era considerada uma bailarina profissional amplamente conhecida.
Casou-se sete vezes.
Dançava no Cairo e em Londres.
As apresentações de Mona Said sempre eram acompanhadas de grandes orquestras, como também ocorria com as grandes estrelas da Dança Oriental, como Fifi Abdo, Nagwa Fouad, entre outras.
Seguia o estilo de dança inaugurado por Tahia Carioca no Egito na década de 30 e 40.
Atualmente mora no Cairo.
Ministra workshops de Dança do Ventre pelo mundo todo, além de realizar algumas apresentações.
Já esteve no Brasil na IV CONFERÊNCIA INTERNACIONAL LUXOR no primeiro semestre de 2006. Evento no qual ministrou workshops e se apresentou no Show de Gala. Como resultado deste trabalho foi lançado no Brasil o DVD “Show Ao Vivo Monah Said”.
Sua dança expressa forte interpretação e emoção aliadas à técnica. Seus movimentos são delicados e pequenos, fugindo aos exageros. Uma autêntica dança egípcia.



Tahia Carioca -  (1915-1999) Seu nome verdadeiro era Abla Muhammad Karim, mas aderiu o nome artístico Tahia Carioca na década de 30.
O nome Carioca foi em função de seu derbakista misturar sons árabes aos sons brasileiros, os quais a bailarina muito apreciava.
Nasceu em Ismailia, Egito em 1915. Quando adolescente mudou-se para o Cairo, onde começou estudar dança do ventre na escola Ivanova.
Depois, na décade de 30, começou a trabalhar no cassino de Badia Massabni ao lado de Samia Gamal.
Badia trazia coreógrafos americanos e europeus para ensinar suas bailarinas. Foi neste cassino que surgiram as chamadas bailarinas da idade de ouro da Dança do Ventre.
Ao todo Tahia participou de 120 filmes, além de ter trabalhado na televisão e no teatro.
O primeiro filme que Tahia fez foi em 1935. Alguns dizem que estreou no filme "Doctor Farahat" e outros dizem que foi no "La Femme et le Pantin".
De qualquer maneira Tahia Carioca atuou em filmes egípcios com estrelas de filmes árabes como o cantor e compositor Mohamed Ahdel Wahab e Farid Al Atrache.
Seu estilo de dançar era muito diferente de sua amiga e rival Samia Gamal.
Em 1963 parou de dançar e passou a dedicar-se somente ao teatro. Foi quando fundou um grupo teatral. Sua primeira peça neste grupo foi sobre a vida de Shafiqa La Copta, obra na qual obteve grande sucesso. Ao todo se casou 14 vezes.
Morreu dia 20 de setembro de 1999 aos 79 anos de idade de ataque cardíaco.







Samia Gamal - nasceu em Wana, uma pequena cidade egípcia, em 1924. Meses depois, mudou-se com sua família para o Cairo.
Anos depois conheceu Badia Masabni, que a convidou para integrar sua companhia de dança e a trabalhar em seu cassino. Samia aceitou.
Foi Badia quem lhe deu o nome de Samia Gamal, já que seu nome de nascimento é Zainab Ibrahim Mahfuz.
Primeiramente estudou com Badia, e com a então estrela do momento, Tahiya Carioca. Mas ela logo tornou-se uma solista respeitada e criou seu próprio estilo.
Samia Gamal incorporou técnicas do balé (como giros e deslocamentos) e de danças latinas em suas performances.
Ela foi a primeira bailarina de dança do ventre a dançar de salto alto, e também tornou o uso do véu muito popular.
Estrelou diversos filmes egípcios ao lado do famoso cantor e ator Farid Al Attrach, como "I Love You" em 1949 e "Afrita Hanem" em 1950. Eles ainda tiveram um romance na vida real, mas não se casaram. O romance rendeu também muitas canções.
Em 1949, o rei egípcio Farouk proclamou Samia Gamal “A Bailarina Nacional do Egito”, que trouxe atenção dos EUA para a bailarina.
Em 1950 Samia foi para os EUA e foi fotografada por G. John Mili. Ela ainda dançou no The Latin Quarter, um nigthclub em Nova Yorque.
Depois, Samia casou-se com o milionário texano Sheppard King III, que se converteu ao islamismo por sua causa, mas esse casamento não durou muito.
Em 1958 Samia casou-se com Roshdy Abaza, um dos mais famosos atores egípcios, época na qual fizeram alguns filmes juntos.
Outro filme internacional que Samia trabalhou foi “Ali baba e os quarenta ladrões”, do diretor francês Jacques Becker.
Samia Gamal parou de dançar em 1972 quando estava perto dos 50 anos, mas começou novamente depois, por sugestão de um amigo, Samir Sabri. Ela então dançou até perto da década de 1980.
Ela dizia: "Dança, dança, nada além da dança. Eu dançarei até morrer!".
Samia Gamal faleceu no dia primeiro de Dezembro de 1994, no Hospital de Mirs no Cairo, aos 70 anos.
Samia Gamal, ao lado de Tahia Carioca, é considerada uma das mais famosas dançarinas do mundo. E foi a responsável por levar a Dança do Ventre para Hollywood e Europa.
É elogiada e lembrada por seu estilo charmoso e sedutor ao dançar, pela expressividade de seus olhos, bem como pelo quadril leve e solto.



Nagwa Fouad - Nagwa Fouad é a mais famosa das bailarinas da segunda metade do século XX.
Nasceu em 1942, sendo filha única de uma família de egípcios.
Começou a dançar aos 16 anos em festas de casamento familiares e encontros sociais.
Seu nome de nascimento era Awatef Mohammed El Agamy.
Quando se mudou para o Cairo já gostava de dançar e fazia pequenas apresentações, e percebeu que na capital poderia tornar-se bailarina profissional.
Aprendeu música e dança ocidental. Também foi cantora, artista de teatro e cinema.
O primeiro filme que fez foi "Sharei El Hob" (La Calle del Amor), que contou com a participação de alguns músicos como o cantor Abdel Halim Hafiz com a canção "Olulu".
Nagwa Fouad fez a primeira aparição dela no filme com esta música. E na opinião do derbakista Hossam Ramzy foi o mais próximo da melhor demonstração natural de como dança uma jovem egípcia comum. Segundo ele a dança de Nagwa foi “perfeitamente inocente, cheia de amor, emocionalmente bem expressada, traduzindo cada parte da música de uma maneira maravilhosa e retratando o argumento da história em uma atuação magistral que deve ser vista para se crer”.
Com este filme Nagwa e Abdel Halim Hafiz tornaram-se famosos e ela tornou-se a bailarina oficial de Abdel, acompanhando-o em todos os seus shows.
Em 1976 o lendário compositor Mohamed Abdel Wahab também escreveu uma música especialmente para ela: Arba´ tashar. (colocar trecho da música no site; fazer propaganda do cd para vender no site).
Ela se apresentou na Europa e Estados Unidos, onde então fundou uma escola de dança oriental em Nova Yorque. (Esta escola ainda existe?). Vender DVDs dela no site.
Reservava em sua apresentações sempre um momento do show especial para o violino.
Fez muito sucesso como bailarina nas décadas de 50, 60, 70, 80 e 90.
Mas no início de 1992 retirou-se definitivamente da dança para consagrar-se no cinema.



Souhair Zaki - Souhair Zaki nasceu em 1944, em Mansoura, Egito, onde viveu com sua família.
Sua paixão pela dança surgiu desde criança, embora não tenha tido influencia da família, e muito menos a aprovação de seu pai.
"Eu costumava ir direto da escola para o cinema, para assistir Tahia Carioca e Sâmia Gamal na grande tela. Eu até mesmo cortei meu cabelo e arrumei para ficar parecida com Fairuz", diz Souhair, referindo-se a uma estrela mirim do cinema egípcio.
Aprendeu a dançar sozinha e começou a se apresentar em casamentos e festas familiares desde criança.
Aos 9 anos (em 1953) se mudou para a Alexandria juntamente com sua família.
Ela foi a primeira bailarina a dançar músicas de Om Khalthoum, uma das maiores cantoras da história da música árabe.
Também dançou para muitas autoridades como o ministro de defesa da Rússia e o presidente Nixon dos EUA. E participou de alguns filmes.
O estilo de dança de Souhair era natural e simples, o oposto de algumas bailarinas, como a Nagwa Fouad.
Como nos diz Raqia Hassan: "Souhair Zaki resume a dança natural. Seu apelo está em sua simplicidade: ela traduziu a música de forma precisa e natural, sem excessos ou exibicionismo. Seus passos têm resistido aos anos, e são ensinados até hoje. Ela sempre foi autêntica apresentando-se e fingir nunca fez parte do seu estilo. Do mesmo jeito que a vê hoje, ao vivo, calma, tranqüila para conversar e educada, ela sempre foi assim em cena".
Souhair tornou-se uma das bailarinas mais famosas dos anos 60 e 70 no Egito, tanto no cinema como no palco.
Fez parte da chamada Idade de Ouro da Dança do Ventre, tornando-se uma lenda da Dança Oriental, assim como Tahia Carioca e Samia Gamal.
Apesar de não mais se apresentar, Souhair ainda é muito querida pelos egípcios, pois ainda exerce seu carisma e simpatia.
Souhair se recorda da época em que dançava: "Aqueles dias nunca mais voltarão atrás. A atmosfera, os clientes, os convidados. Onde estão eles agora? A dança Oriental foi minha vida. Eu tenho meu filho e meu marido. Mas as melhores memórias de minha vida são todas da dança".



Nadia Gamal -  Há algumas versões diferentes sobre a origem de Nadia Gamal. Alguns dizem que ela é libanesa, mas morou no Egito. E outros dizem que ela é egípcia, mas logo mudou-se para o Líbano.
De qualquer maneira sabe-se que ela nasceu em 1937 e fez sucesso principalmente nas décadas de 50 e 60.
Foi a responsável pelo surgimento da primeira escola de Dança do Ventre em Beirute, Líbano.
Teve uma longa parceria com o derbakista Setrak.
Dançou e ministrou aulas nos Estados Unidos, Canadá e Europa.
Dona de incrível interpretação musical e de grande dramaticidade.
Faleceu de câncer no ano de 1990.



Fifi Abdo - começou dançando em casamentos aos vinte anos.
No ano de 1972 fez sua primeira aparição no cinema como bailarina e atriz.
É grande admiradora de Tahia Carioca, sobre a qual inclusive estava planejando fazer um filme ou uma novela.
Teve sua fama consagrada após participar do filme "Una mujer no es suficiente", atuando com atores famosos da época, no ano de 1989.
Fifi abdo também trabalhou no teatro, fazendo peças musicais, onde misturava dança, teatro e música.
Ficou bem conhecida pelos seus shimies. No entanto, há quem a critique dizendo que seu repertório de passos é limitado.
Ela é muito admirada por muitos, e também odiada por outros, que alegam que seu comportamento é vulgar e provocativo.
O que se deve ter em mente é que Fifi sempre foi uma bailarina polêmica, tendo sido envolvida em uma série de escândalos.
Ela tem 6 empresários, e diz-se que as polêmicas que giram em torno dela não passam de jogos de marketing planejados por seus empresários.
Em entrevista que deu em março de 2005, FiFi disse que havia parado apenas de dançar em festas privadas e casamentos. Mas que enquanto sua condição de saúde permitir ainda continuará dançando em certas ocasiões. Aproveitou ainda para dizer que não considera a Dança do Ventre um tabu, mas uma arte e parte da herança egípcia.
Fifi contribuiu muito para melhorar a situação das bailarinas no Egito, pois que, entre outras coisas, criou um sindicato de bailarinas no pais, com o intuito de garantir e reivindicar direitos às tão mal vistas e mal faladas profissionais da área.  Em conseqüência disso, Fifi Abdo passou a se apresentar acompanhada de seguranças para se preservar de escândalos e se proteger.
Seu lado humanitário não deve ser esquecido: no mês do Ramadan, Fifi oferece comida e bebida aos pobres, que ela mesma prepara em grandes mesas na rua.


Fonte: Central da Dança do Ventre

Nenhum comentário:

Postar um comentário